Paula Zamp nos conta sobre sua vida e carreira! - 28/03/2012

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Paula Zamp nos conta sobre sua vida e carreira! - 28/03/2012

 

Em 28/03/2012 recebemos Paula Zamp e Gabriel com uma palestra musical muito emocionante. Fizemos uma pequena entrevista com a cantora que foi uma das pioneiras das palestras musicais espíritas.

GP - Você começou a cantar profissionalmente antes ou depois de se tornar oradora espírita, ou foram coisas mais ou menos paralelas, na qual a música sempre influenciou suas palestras?

PZ - Eu comecei a cantar muito jovem, com oito anos de idade. Eu participei de um concurso para fazer parte de um coral no programa de televisão que o Silvio Santos dirigiu. Um programa infantil. E a partir do momento em que passei nesse concurso ganhei uma bolsa de estudos na área da música e não parei mais de cantar. Então na verdade eu desde os oito anos eu canto profissionalmente e desde essa época nunca mais parei de cantar. Agora dentro da Doutrina Espírita eu iniciei em 1994 cantando. Depois em 1996 fazendo palestras e cantando.

GP - O Alan Vilches esteve aqui no Grupo da Paz no final do ano passado e nós perguntamos a ele se ele encontrava alguma resistência do público nas casas onde se apresentava, por ser uma palestra musical. Ele disse que não, mas que amigos como você, por exemplo, que iniciou esse tipo de trabalho antes dele, de início não encontraram tanta abertura nas casas espíritas. Como foi isso, você precisou se provar e provar a validade da música para os espíritas em algum momento da sua carreira?

Na verdade eu não encontrei dificuldade com o público, mas com os dirigentes das casas espíritas. E aos pouquinhos que foram percebendo que a reação das pessoas era sempre positiva, então aos pouquinhos foram mudando o modo de pensar até porque hoje nós sabemos que a música tem um poder dentro da nossa vida grandioso, a ciência já coloca isso. E agora ela é utilizada para enxertar a mensagem do evangelho então ela se expande de tal maneira que nem a ciência consegue ainda captar a grandiosidade do poder que a música interage em nós. Então as dificuldades foram essas, só com os dirigentes das casas.

GP - Já vimos antes algumas apresentações suas, aqui mesmo no grupo, e pudemos observar a emoção do público, todos puderam sentir as altas vibrações emanando pelo salão o que deixou quase toda plateia em lágrimas. Nós imaginamos que você tenha amigos na espiritualidade maior que se afinam com você e com seu trabalho. É sempre assim, em todo lugar que você vai, essa emoção e esse elevado ambiente espiritual?

PZ - Olha, eu acredito que a espiritualidade trabalha conosco com tanto amor que facilita tudo. Agora o que eu dou crédito é realmente para a música. Então a música quando ela bem escolhida quando ela tem una estrutura musical é muito mais fácil de levar a emoção à flor da pele. É comum que isso aconteça em nossas atividades, mas eu vejo que não é pela pessoa Paula, mas por toda interação da espiritualidade que se utiliza do elemento música para poder aflorar o campo emocional positivo das pessoas.

GP - Fale-nos um pouco da influência da espiritualidade na sua música e nas boas músicas em geral.

PZ - Eu acredito que mesmo que nós estejamos vivendo momentos em que ouvimos na mídia, nas paradas, nos primeiros lugares das paradas de sucesso, músicas que tenham um cunho ainda muito materialista, às vezes um apelo muito sensual, mas a espiritualidade está trabalhando para que depois que nós cansarmos desses apelos ainda muito animalescos nós vamos despertar para nossa real condição que somos seres divinos, então eu vejo que a espiritualidade trabalha em todos os locais, não somente em um templo religioso, mas em lugares que nós imaginamos que não há espíritos do bem, tem sim, como Jesus disse “os são não precisam de médicos” e os benfeitores então vão aos locais mais difíceis.

Agora o que nós percebemos nas casas religiosas é que o amor é tão grande quando nós estamos dispostos a receber e a doar um pouquinho desse amor então nós transcendemos esse nosso campo emocional e é por isso que vamos às lágrimas. Eu falo que também sinto é muito difícil em alguns momentos eu estar cantando e sentindo toda a interação da espiritualidade, da vontade às vezes de ajoelhar, da vontade de deitar e chorar e chorar e eu penso não posso, e fico firme e aí as pessoas eu tento nem ver as pessoas chorando se não ai nem consigo me controlar.

GP - Seu mentor alguma vez lhe falou de como é a música no plano espiritual e qual a função dela?

PZ - Olha o meu mentor, nunca conversei com ele pelo menos em estado de vigília não me recordo, e quando estou dormindo não tenho a lembrança, mas o que eu sei através da codificação a música do lado de lá, nos planos superiores é algo que não conseguimos compreender a tal ponto que eles trabalham com o pensamento não usam instrumentos então a natureza reage de acordo com vontade e o pensamento do compositor e o intérprete são o todos aqueles que estão ao redor. Então eu acredito que deve ser algo maravilhoso. Eu espero em breve poder compartilhar dessa sensação que ainda nos foge pela nossa situação evolutiva.

GP – Em uma entrevista sua você falava que seu mentor havia te ajudado a criar o cd Paz. Como foi essa ajuda?

PZ - Na verdade não foi o meu mentor. Eu estava em estudo com a médium Rosemary Brown, desencarnada, e estudando a vida dela para fazer um seminário e aí em uma noite eu despertei e eu senti a Rosemary Brown falando, me orientando, para que pudesse escolher músicas do período clássico que música do período clássico tem um cunho terapêutico e que buscasse e foi em dando as canções, e fui buscando as canções, e interessante que uma das canções que é noturno de Chopin uma letra que Divaldo me deu a um tempo atrás, é um livretinho de Joana de Angelis intitulado Amor a letra de uma das mensagens deste livro encaixou direitinho na música noturno de Chopin que hoje é intitulada A Paz dos Anjos, então nós vamos vendo que a espiritualidade tem a tolerância de aguentar as nossas deficiências e tem o amor pra poder fazer com que nós vamos despertando e através do nosso despertamento tentando despertar os nossos irmãos que nos cercam. Então eu agradeço a Rosemary Brown continuando estudando sobre ele e espero que outros benfeitores também venham de vez em quando dar um oi.

GP - Você esteve uma banda, trabalha e vive da música, ao mesmo tempo em que é oradora espírita que também canta nas palestras. Fica difícil às vezes as pessoas fazerem essa separação, distinguir entre Paula Zamp palestrante espírita e a Paula Zamp cantora profissional?

PZ - Já vivenciei caso quando eu estava fazendo um evento pra mais de seis mil pessoas no Espaço das Américas aqui na Barra Funda e uma pessoa no intervalo pediu pra me chamar e quando ela me olhou de perto ela deduziu que era Paula Zamp, quando ela olhou de perto disse “eu não acredito que á Paula Zamp, dançando desse jeito, aquela Paula que canta Ave Maria, que se veste toda de branco, dançando dessa maneira, cantando essas músicas, essas músicas profanas”. Eu falei: ”minha senhora em primeiro lugar, eu sou a Paula Zamp mesmo, meu trabalho profissional e as músicas que eu canto não são músicas que passem mensagens para desequilibrar, estou aqui com minha família, trabalho com meu marido, minhas irmãs, e é um trabalho como um outro. Em cima do palco eu sou uma atriz, sou uma cantora, mas também uma atriz e tenho que interpretar alguns personagens, mas em nenhum momento eu aceitei interpretar um personagem que pudesse estimular qualquer reação menos digna do que a Doutrina Espírita nos ensina. Nós estamos no mundo e nós estamos aqui numa festa. Eu sei que a mulher disse: “uma coisa boa eu tenho que tirar de tudo isso, que agora eu estou com a consciência tranquila que eu posso fazer o que eu quiser”, eu disse: “vá com Deus e faça o que a senhora quiser o que a senhora achar melhor fazer, porque quando nós fazemos o bem não precisamos pensar se o ouro vai criticar ou não criticar” e foi esse momento que eu vivi muito especial mas na maior parte do tempo as pessoas não reconheciam.

GP - Você voltou recentemente de uma viagem ao Egito. Qual foi o maior aprendizado que esta viagem lhe proporcionou?

PZ - Foram duas vezes. O ano passado fui pro Egito e agora na quarta-feira de cinzas nós fomos pra lá também. O que caiu a ficha foi que o Brasil é maravilhoso. Fomos para o oriente médio vivenciamos momentos de tantas dificuldades, de tanta violência, de tanta ignorância perante a vida eterna que aí nós falamos “Meu Deus, meu Brasil, país maravilhoso que é realmente coração do mundo a pátria do evangelho”. E a sensação de estar principalmente em Guisa entre as pirâmides é parece ainda que os portais estão abertos e quando nos entramos uma reflexão é muito intensa a energia que nós sentimos é algo assim impressionante e indescritível. Mas quem estiver lendo essa matéria se puder vá um dia conhecer as pirâmides sentir toda aquela magia do oriente. Muito bom.